O vereador Adilson Amadeu, filiado ao partido DEM, ainda não desistiu do seu plano malicioso de exterminar motoristas de aplicativo e colocar em risco a vida de milhares de famílias na cidade de São Paulo. Como ele fará isso? É muito simples: reduzindo a quantidade de motoristas em 70%, afim dos números se igualarem a quantidade de taxistas que existem na capital atualmente.
Essa não é a primeira vez que o vereador tenta de alguma forma barrar o crescimento de aplicativos como Uber, 99 Pop, Cabify, entre outros. Na verdade, a luta desse “político” contra o fim dessa modalidade de serviço desburocratizada e acessível a população começou em 2015 – cerca de um ano após o surgimento da Uber no Brasil -, e desde então o mesmo tem movido grandes esforços para acabar com essas empresas de mobilidade urbana.
Em uma entrevista cedida a revista digital Época, em 2015, Adilson recebeu o seguinte questionamento: “Mas essa proibição não fere o direito democrático de o cidadão escolher o transporte que deseja?” Como reposta, ele proferiu as seguintes palavras: “Todos têm o direito de escolher, mas o Uber infringe uma lei. Não existe justificativa.”
Como você pôde ver, naquela época o vereador não tinha o menor nível de intelectualidade para exercer o cargo. E, mesmo hoje – após 5 anos – o nível de inteligência dele continua próximo de zero, afinal, se todos tem o direito de escolher – como o próprio afirmou -, por que ele ainda insiste em proibir essa escolha? Ou pior ainda: por que ele quer reduzir o número de motoristas em 70% sabendo que milhões de famílias deixaram de ter uma renda digna?
Questionado sobre o porque ele considerava necessário proibir os aplicativos de transporte, Adilson Amadeu respondeu: “São carros irregulares, sem nenhum tipo de alvará igual aos táxis.” […] “Se continuar assim vira moda e qualquer um começa a tirar dinheiro com isso.” […]. Ou seja, ficou claro que ele não quer que empresas privadas lucrem por oferecer serviços mais baratos nem quer que exista concorrência aos tradicionais e já defasados táxis da capital.
Ontem, dia 11/03/2020, estava marcada a votação que poderia resultar no avanço do Projeto de Lei 419/2018, no entanto a mesma precisou ser adiada devido a pouca quantidade de vereadores (28) presentes na votação (por não querem sujar suas imagens em razão das eleições municipais que se aproximam) e também em razão da grande quantidade de motoristas de aplicativo e cidadãos no local unidos em prol do fim desse projeto. Essa não foi a primeira vez a votação de Adilson foi adiada.
Por fim, se um projeto de lei como esse é aprovado na capital os resultados são catastróficos: as viagens para os passageiros podem ficar até duas vezes mais caras; O tempo de espera por um motorista pode ficar até cinco vezes maior; E o problema mais grave: milhares de motoristas perderiam suas rendas, o que resultaria em endividamentos, incapacidade para quitar seus financiamentos e, não menos importante, severos problemas psicológicos.