UberX: tudo que você precisa saber

A Uber chegou ao Brasil em 2014, iniciando suas operações no Rio de Janeiro com a categoria Uber Black. Logo depois, expandiu para outras modalidades, como o UberX, que rapidamente se tornou a opção mais acessível e popular entre os usuários.

Naquele início, a Uber tinha total liberdade para definir seus próprios critérios de aceitação de veículos, já que não existia regulamentação municipal específica. Isso incluía decisões sobre tipo, modelo e ano de fabricação dos carros.

Com o tempo, decretos e leis municipais passaram a influenciar diretamente os critérios da plataforma. Hoje, embora a Uber ainda tenha autonomia para aceitar carros com até 15 anos de fabricação, precisa se adequar às regulamentações locais sempre que estas existirem, como é o caso de muitas cidades que impõem limite de até 10 anos.

Limites de ano, tipos de carro, exigências de conforto e até avaliações mínimas foram incorporados às regras, muitas vezes em alinhamento com exigências das prefeituras.

Em 2025, entender as exigências da categoria UberX é mais importante do que nunca. Com regras que mudam com frequência e variam de cidade para cidade, adaptar-se aos novos critérios é essencial para continuar atuando na plataforma.

Requisitos para UberX em 2025

Em 2025, a UberX segue uma regra nacional padrão: veículos com até 10 anos de fabricação são aceitos, contanto que atendam aos requisitos de 4 portas, 5 lugares e ar‑condicionado:

• Ano máximo do veículo: varia entre 10 e 15 anos, devido à existência de legislações municipais específicas em algumas localidades
• Itens obrigatórios: 4 portas, 5 lugares, ar-condicionado
• Documentação em dia: CRLV, CNH com EAR, sem placa vermelha ou adesivos irregulares

A ideia dessas exigências é proteger quem usa o passageiro e o motorista, fazendo com que todos os carros tenham o básico necessário para uma viagem segura e confortável.

Ano de fabricação permitido por município

A Uber segue o que cada prefeitura determina, quando há decreto ou lei específica:

• São Paulo, Brasília, Fortaleza e Campinas exigem veículos com, no máximo, 10 anos. Com isso, modelos a partir fabricados a partir de 2015 já não são mais elegíveis ao UberX em 2025
• Nas demais cidades, há tolerância é de 15 anos

Dica: no aplicativo Uber Driver para motoristas, ao cadastrar ou editar seu veículo, há uma seção “lista de veículos elegíveis”. Ela mostra os modelos e anos aceitos para cada categoria (UberX, Comfort, Black) na sua cidade.

Carros Aceitos e Proibidos

• Na categoria UberX, a regra é simples: qualquer carro que cumpra os requisitos básicos (10 a 15 anos de fabricação, 4 portas e ar-condicionado) é aceito
• Estão proibidos: Vans, Caminhões, Minivans, Plotados, Carros com emplacamento vermelho, Recuperados, Sinistrados, com alterações na suspensão ou freios

Panorama das Categorias (UberX, Comfort e Black)

Apenas para fins de comparação, a tabela abaixo exemplifica as diferenças básicas entre as três principais categorias da Uber no Brasil.

A categoria UberX é lucrativa?

Muitos motoristas relatam que o repasse por viagem caiu bastante.

Essa “sensação de rendimento apertado” é agravada pelas tarifas mínimas, que estão cada vez menores. Além disso, há mais motoristas disputando as mesmas corridas, o que pressiona ainda mais os ganhos por hora.

Outro impacto pesado, talvez o maior de todos, é o custo do combustível. No Brasil, o preço médio da gasolina está entre R$ 6,20 e R$ 6,30 por litro. Em estados do Norte, o valor pode chegar perto de R$ 7,00 por litro.

O etanol também pesa no bolso: o litro custa entre R$ 4,20 e R$ 5,00, o que representa um gasto significativo para quem dirige o dia inteiro.

Essa pressão sobre os custos operacionais faz com que muitos motoristas questionem se vale a pena continuar na atividade.

Há também um ponto importante: a porcentagem da tarifa que fica com a Uber, chegando a atingir até 40%. Isso acaba diminuindo os lucros ainda mais.

Então, quando se descontam combustível, manutenção e impostos, o lucro final é bastante reduzido.

No entanto, essa realidade difícil não é vivida por todos os motoristas. Há uma diferença clara entre aqueles que ligam o aplicativo sem qualquer planejamento e os que traçam estratégias antes mesmo de sair de casa. Motoristas que estudam horários, regiões com maior demanda, tipo de corrida ideal e até estratégias de abastecimento tendem a ter resultados bem mais positivos ao longo do dia.

Carros elétricos seria a solução?

Diante desse cenário, alguns motoristas começaram a migrar para carros elétricos, mesmo que estes custem mais do que o normal.

A economia no abastecimento é significativa: em vez de gastar cerca de R$ 6 a R$ 6,50 por litro de gasolina, passam a gastar algo entre R$ 0,10 e R$ 0,20 por kWh com uma recarga elétrica completa.

Além da economia direta, os veículos elétricos, por terem um perfil mais sustentável, são contemplados com isenção total ou parcial do IPVA em alguns Estados.

A seguir, veja quais Estados oferecem isenção total ou parcial, ou nenhum tipo de isenção para veículos elétricos.

Apesar dos desafios enfrentados por quem atua na categoria UberX, o cenário não é totalmente negativo. A atividade continua sendo uma fonte de renda importante para milhares de brasileiros, especialmente para aqueles que se organizam financeiramente, definem metas e trabalham com estratégia.

Estudar a demanda de passageiros, conhecer e entender porque algumas regiões são mais vantajosas e até mesmo a troca de informações com motoristas mais experientes poderá fazer uma grande diferença no resultado financeiro final.