A crise econômica mundial causada pela pandemia do novo coronavírus tem afetado severamente milhões de pessoas, em especial trabalhadores autônomos como os motoristas de aplicativos. Recentemente, publicamos uma matéria sobre um parceiro do Uber que conseguiu fazer a penas R$ 60 em quase 10 horas de trabalho, sendo isso um forte indicador do quanto esses profissionais estão sendo afetados no Brasil e mundo.
Em Nova Iorque, nos Estados Unidos, a situação está tão complicada quanto aqui e caminhando para níveis ainda mais alarmantes. Lá, o prefeito já declarou quarentena total há alguns dias, o que acabou reduzindo as solicitações de viagens para motoristas do Uber em 80%. Diante disso, muitos estão devolvendo seus veículos as locadoras e tantos outros desesperados por não terem reservas suficientes para pagarem suas contas.
Felizmente, a cidade encontrou uma forma de unir o útil ao agradável e diminuir a quantidade de motoristas que estão sem renda neste momento: trabalho de entrega de alimentos para cidadãos idosos em suas casas. Inicialmente, essa é a ideia, ajudar aqueles que não podem se locomover e diminuir os riscos que eles sofreriam ao sair de suas residências para comparem mantimentos. E, não menos importante, garantir um salário de US$ 15 por hora aos motoristas entregadores.
A princípio serão contratados poucos motoristas e por ordem de chegada, no entanto, a agência TLC – organizadora da iniciativa – informou que esse número poderá crescer a medida em que mais idosos solicitarem o serviço de entrega de refeições. Por fim, todos os custos de combustíveis e pedágios também serão arcados pela cidade, o que garante aos motoristas que os US$ 15 sejam totalmente livres para eles.